Parafusos são elementos de fixação, empregados na união não permanente de peças, isto é, as peças podem ser montadas e desmontadas facilmente, bastando apertar e desapertar os parafusos que as mantêm unidas.
No caso da SABÓ trabalhamos exclusivamente com parafusos para fixação do cabeçote do motor.
Para entendermos as diferenças entre os principais tipos de parafusos de fixação de cabeçote vamos primeiramente conhecer os conceitos envolvidos.
Nos ensaios de tração, realizados nos materiais utilizados na fabricação dos parafusos, podemos identificar basicamente duas regiões bem distintas e que estão diretamente relacionadas com o tipo de deformação que o material apresentará de acordo com as cargas aplicadas:
Materiais submetidos a força de tração que permanecem dentro desta zona mantem a capacidade de retornar às condições iniciais após a interrupção da aplicação das cargas de tração.
Nestas condições o material pode ser comparado a um elástico pois se alonga quando aplicadas as forças de tração e, retornam as suas condições iniciais, após a interrupção do alongamento. (fig1)
Materiais submetidos a força de tração que atingem esta zona perdem a capacidade de retornar às condições iniciais após a interrupção da aplicação das cargas de tração. Nestes casos o material apresenta uma deformação permanente e não retorna mais as condições iniciais.
Nestas condições o material pode ser comparado ao plástico que se alonga quando aplicadas as forças de tração e não retornam mais as suas condições iniciais após a interrupção do alongamento. (fig2)
Existem basicamente dois tipos de parafusos utilizados na fixação dos cabeçotes e, a principal característica que os diferencia é decorrente da forma de aperto, que implicará na zona de trabalho do material do parafuso conforme explicado acima.
São parafusos projetados para não sofrerem deformação permanente durante o processo de aperto. Isto significa que durante o aperto o seu material permanece na zona elástica (figura 1) e que retornará as condições iniciais após interromper a aplicação das cargas.
Com a evolução dos veículos, veio a necessidade de desenvolver um sistema de torqueamento de cabeçote mais eficiente, que pudesse minimizar a influência do atrito dos parafusos e distribuir melhor a carga de aperto. Este novo sistema de torque angular consiste, basicamente, em aproveitar ao máximo o aperto dos parafusos. Ou seja, primeiro se efetua o torque medido (Kgfm) e, posteriormente, se faz o torque angular ( ° ), de acordo com as especificações do fabricante.
Estes parafusos são projetados para sofrerem deformação permanente durante o processo de aperto. Isto significa que estes parafusos entram na zona plástica do material (figura 2) e não podem ser reutilizados devido a deformação permanente.
A troca da junta do cabeçote é cara e trabalhosa e você não vai querer refazer o trabalho por conta de um simples jogo de parafuso, não é mesmo?
A correta aplicação do torque medido (Kgfm) e do torque ângulo ( ° ) especificados, garantem as condições de estanqueidade da junta de cabeçote, assegurando desta forma uma excelente vedação dos gases de combustão e dos fluídos circulantes no motor.
Os parafusos são fabricados em aço e se diferenciam principalmente pela forma da rosca, da cabeça, da haste e do tipo de acionamento.
“LIMPEZA É A CHAVE DO SUCESSO”.
O acúmulo de água / óleo pode provocar “calço hidráulico” e causar danos no bloco.
Para que a junta funcione perfeitamente é necessário usar o torque com o máximo de rendimento possível.
É importante passar uma leve camada de óleo de motor nas roscas dos parafusos e prisioneiros, bem como nas arruelas, para conseguir melhor deslizamento.
Aplique o torque conforme orientações da embalagem do produto Sabó e, não pule nenhuma etapa de aperto para não sobrecarregar os parafusos do cabeçote.
Aplicar o valor correto do torque e observar a sequência correta de aperto é fundamental. Estes procedimentos devem ser feitos cuidadosamente antes de se aplicar o torque final. Com isso, você impede empenamentos e garante o bom assentamento da junta. Observe se a unidade da escala do torquímetro é a mesma unidade de medida da tabela.
Lembre-se: a unidade de torque inglesa é a libra-pé, enquanto a europeia é o quilograma-metro. Para converter quilograma-metro em libra-pé, é só multiplicar o valor por 7,23.
Trate o torquímetro como uma ferramenta de precisão, aferindo-o periodicamente, para que se possa controlar perfeitamente o valor do torque aplicado.
Para o retorque correto, deixe o motor funcionar de 20 a 30 minutos até que atinja a temperatura normal de trabalho.
Porém, para os motores com torque angular de novas tecnologias não é necessário o retorque pois existe uma maior acomodação da junta.
Troque sempre os parafusos já desgastados ou esticados com o uso.
Para os torques medidos (kgf/n/libras) é necessário o retorque dos parafusos.
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O Grupo SABÓ produz retentores, juntas e sistemas integrados de vedação e fornece produtos originais para as linhas de montagens mundiais das principais montadoras e Sistemistas bem como para o mercado de reposição.
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