Assim como fazemos em toda edição do Caderninho, deveríamos ter aqui um texto contando a história de mais uma integrante do Instituto MV8 e sua trajetória de empreendedora para que outras mulheres se sentissem encorajadas e acolhidas.
Mas mediante o que estamos vendo acontecer no Rio Grande do Sul, berço do Instituto MV8, não caberia falar apenas de uma pessoa. Porque atualmente lá, a palavra “uma” foi substituída por “todas”. Porque TODAS estão precisando de muita ajuda… ou ajudando alguém, e claro que o Instituto MV8 nesse momento está literalmente de corpo e alma ajudando sem distinção, quem é do grupo ou não. Porque uma tragédia não escolhe pessoas. Não escolhe integrantes de um grupo, uma classe social… quando atinge também a todos.
Esse grupo de mulheres, originalmente unidas pelo interesse comum no setor automotivo, se encontrou diante de uma realidade que desafiava tudo o que conheciam. As chuvas torrenciais, os alagamentos devastadores e o frio implacável não apenas marcaram a paisagem de um estado todo, mas também moldaram um novo caminho para estas mulheres, o da solidariedade, empatia e humanidade.
A adversidade tem o poder de revelar o verdadeiro caráter, e foi exatamente isso que aconteceu com as quase 700 mulheres do Instituto MV8. Cada uma com sua história, sua dor e sua esperança, se uniram não mais como colegas de um setor, mas como irmãs em uma causa comum. A tragédia que se abateu sobre o estado não escolheu suas vítimas; casas foram perdidas, assim como oficinas mecânicas – o sustento de muitas. No entanto, em vez de se renderem ao desespero, essas mulheres escolheram a ação. Muitas guardaram suas dores para si e foram para as ruas, para os abrigos, para o meio da água… ajudar, fazer lanches, entregar marmitas, separar doações e orar por todos, independentemente de crença.
Elas se mobilizaram com uma eficiência e um propósito que transcendiam suas atividades diárias. Eventos e compromissos, antes vistos como importantes, foram colocados de lado. A prioridade era clara: salvar vidas e aliviar o sofrimento. E, nesse processo, as lágrimas se tornaram um símbolo não de fraqueza, mas de força. Permitir-se sentir a dor do outro, chorar pela realidade dura e, por vezes, injusta, era também um ato de resistência, um lembrete de que, apesar de tudo, a empatia e a compaixão ainda prevalecem.
Cada mulher, com sua “armadura” única – seja ela feita de coragem, fé ou determinação – contribuiu para algo muito maior do que a soma de suas ações individuais. Lideradas pela Eva Paiva, a fundadora do Instituto MV8, assim que prontamente se dispôs a ajudar, recebeu ajuda das indústrias mantenedoras e de muitas outras pessoas conhecidas do setor.
Esta história não é apenas sobre a resposta a uma tragédia; é sobre o que significa ser parte de uma comunidade. As mulheres do Instituto MV8 através de suas ações, ensinaram uma lição valiosa: que a verdadeira força reside na capacidade de se unir e agir, não para o benefício próprio, mas para o bem de todos.
A jornada dessas mulheres é um lembrete poderoso de que, mesmo quando confrontados com a maior das adversidades, temos dentro de nós a capacidade de fazer a diferença, de transformar desespero em esperança e de reafirmar, a cada dia, a força incansável do espírito humano.
Para aqueles interessados em ajudar e apoiar a causa para a reconstrução das oficinas mecânicas do Rio Grande do Sul, a fundadora Eva Paiva disponibiliza contato direto por meio do Instagram @mulheresv8 e do telefone (51) 8157-8944.
Texto: Paula Skoretzky / PSC Comunicação – Assessoria de Imprensa SABÓ
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